“Poéticas de Terra e Céu” ganha vida a partir da pesquisa do ator Murilo de Andrade, sobre um processo de criação solo acerca do trabalho do ator sobre si mesmo. Em sua concepção cênica, a criação alinha um treinamento psicofísico com bases nos princípios pré expressivos do ator, com a dramaturgia da lembrança, a dinâmica com objetos e a Poética da Terra sendo esta última, um emaranhado de referências artísticas que, em sua essência, dizem respeito aos sentimentos e condições humanas como o Amor, a Espera( nça ) e a Saudade; Vida e O trabalho traz referências do universo poético das palavras do eterno Manoel de Barros, especialmente na essência dos seus livros: Infantis , O guardador de águas , e Concerto a céu aberto para solos de ave. E também no universo poético de João Guimarães Rosa e toda sua saudosa terra. Texto e canções autorais fazem parte das inventadas memórias contadas por este contador menino homem. Levado por canções que aprendera durante a vida, o espetáculo se desenrola revelando um mundo onde a poesia se suja da terra, dança com o vento e escorre nas águas da memória.